Investigação apura se o senador Fernando Bezerra recebeu R$ 10 milhões em propina de empreiteiras quando era ministro da Integração Nacional.
Caso será enviado para Justiça Federal.
Senador Fernando Bezerra (MDB-PE) em julho de 2021.
Leopoldo Silva/Agência Senado O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu não arquivar um inquérito que apura se o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), atual líder do governo no Senado, recebeu R$ 10 milhões em propina de empreiteiras quando era ministro da Integração Nacional no governo de Dilma Rousseff.
O caso será enviado para a Justiça Federal em Pernambuco.
A decisão diverge do parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu o arquivamento do caso e argumentou que não havia elementos suficientes para apresentação de denúncia.
O senador foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Os supostos delitos teriam sido praticados entre 2012 e 2014.
Bezerra assumiu o cargo de senador em 2015.
Segundo Barroso, como os fatos apurados no inquérito não tem relação com o atual mandado de Bezerra, a investigação deve ser analisada pela Justiça Federal em Pernambuco.
Para o ministro, cabe ao Ministério Público na primeira instância e ao novo juiz do caso avaliar se há elementos para seguir com a investigação ou se o caminho é o arquivamento.
“Como se nota, os supostos crimes cometidos não possuem relação com o cargo atual de Senador, de forma que o declínio de competência é medida que se impõe.
Inexistindo o foro privilegiado, não há atribuição do Procurador-Geral da República para pedir o arquivamento nem competência deste relator para apreciar a questão.
Caberá à Procuradoria Regional da República de Pernambuco oficiar no caso e ao juízo competente decidir o que de direito”, escreveu Barroso.
A defesa de Fernando Bezerra Coelho tem afirmado que a investigação nasceu da palavra falsa de um criminoso confesso e que é uma tentativa de criminalizar a política.
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Publicada por: RBSYS
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