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Entregador é vítima de agressões verbais e racismo em Valinhos/SP

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Entregador é vítima de agressões verbais e racismo em Valinhos/SP

O motoboy registrou um boletim de ocorrência contra o homem que fez as ofensas.

Entregador é vítima de agressões verbais e racismo em Valinhos/SP No interior de São Paulo, um entregador foi vítima de agressões verbais e racismo.

Um vídeo gravado em um condomínio em Valinhos na semana passada ganhou as redes sociais nesta sexta (7).

Nele, um motoboy recebe insultos racistas do cliente.

“Seu lixo.

Você tem inveja dessas famílias aqui”, disse o agressor.

“Eu também posso ter a mesma coisa que o senhor”, respondeu o motoboy.

"Você tem inveja disso aqui (mostra a pele).

Você nunca vai ter”, disse o agressor.

O homem que faz as agressões é Matheus Almeida Prado Couto.

As ofensas são pesadas ao motoboy Mateus Pires Barbosa.

“Dado momento que ele cuspiu em mim e pegou a notinha do restaurante e jogou em mim.

Aí ele até olhou para notinha no chão e falou: ‘olha, está vendo? Você é lixo, tem que pegar.

Você é igual a esse papel’”, contou o motoboy.

O homem ainda ironizou a profissão do entregador.

“Você trabalha de motoboy, filho.

Você trabalha de motoboy, você é semianalfabeto, moleque.

Você ganha o quê? R$ 3 mil? Você não tem nem onde morar, moleque”, disse.

“Claro que tenho.

Só porque você mora dentro de um condomínio?”, afirmou o motoboy.

“Você tem inveja de mim, tem inveja disso aqui”, insistiu o agressor.

O motoboy chamou a Guarda Municipal quando ainda estava no condomínio.

A Polícia Civil de Valinhos não abriu inquérito.

Segundo o delegado titular, o motivo é que a vítima não teria demonstrado interesse em processar o agressor.

No dia da ocorrência, o pai do homem responsável pelos insultos esteve na delegacia e disse que o filho faz tratamento contra esquizofrenia.

O boletim de ocorrência diz que o pai do agressor apresentou um documento que comprovaria que o filho faz tratamento de saúde mental relacionado a esquizofrenia.

Mas a polícia de Valinhos diz que não tem esse documento.

“Até esse momento, não tenho conhecimento.

Constou-se inclusive, no boletim de ocorrência, que o pai teria exibido esse documento.

Como não era eu quem estava de plantão, que fiz a ocorrência, eu não posso dizer com absoluta certeza.

Ainda não”, afirmou o delegado Luís Henrique Apocalypse Joia.

A equipe do Jornal Nacional tentou contato com o agressor.

Repórter: Pode dar sua versão sobre o que aconteceu? “Agora não.

Só semana que vem", ele respondeu.

Por mensagem de celular, o pai dele disse que vai comprovar tudo isso na devida instância.

“O que eu quero é que ele pague, segundo a lei.

E que ele aprenda que as pessoas também têm o seu devido valor, seja lá qual for a profissão, seja qual for a pessoa que está fazendo, seja qual for a raça.

A pessoa trabalha com isso ou aquilo, todos nós somos importantes”, afirmou o motoboy.

O presidente Jair Bolsonaro se solidarizou com o entregador vítima de racismo em Valinhos.

Numa rede social, Bolsonaro disse que, independentemente das circunstâncias, atitudes como esta devem ser totalmente repudiadas.

Bolsonaro escreveu que a miscigenação é uma marca do Brasil.

Nas palavras do presidente, “ninguém é melhor do que ninguém por conta de sua cor, crença, classe social ou opção sexual”.

Bolsonaro afirmou que a indignação dos brasileiros deve servir de lição para que atos como esse não se repitam.


Publicada por: RBSYS

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