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Goiana disputa na web o concurso nacional Miss Cadeirante 2020

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Goiana disputa na web o concurso nacional Miss Cadeirante 2020

Única representante de Goiás, Rita de Cássia, de 50 anos, compete com 150 mulheres no evento, que este ano será virtual.

'Importância é mostrar que a mulher deficiente está longe de ser coitadinha e frágil', afirma.

Goiana participa de concurso nacional Miss Cadeirante 2020.

Arquivo Pessoal A aposentada Rita De Cássia Silva Santos, de 50 anos, é a única goiana a competir com outras 150 mulheres de outros estados o concurso nacional Miss Cadeirante 2020.

A 4ª edição do evento está sendo realizada pela internet devido à pandemia de coronavírus.

“Estou super feliz, pois a importância desse concurso é mostrar que a mulher deficiente, sobre rodas, está longe de ser coitadinha e frágil", afirma a goiana.

As fotos das concorrentes foram postadas na página do Facebook 'Miss Cadeirante', para que os internautas votem por meio de curtidas, comentários e compartilhamentos.

A votação teve início no dia 25 de abril e vai até o dia 30 de junho.

Além do voto do público, o concurso, sediado no Rio de Janeiro, vai contar com a participação de 40 jurados.

Participante pela primeira vez de um concurso de beleza, Rita é natural de Jataí, no sudoeste de Goiás, mas mora em Goiânia há 10 anos.

Ela conta que este é um momento de alegria e uma forma de mostrar a força e importância que todas as mulheres cadeirantes têm na sociedade.

"Temos nossos valores, temos amor próprio, estamos conquistando mais independência financeira, moral, familiar e social, quebrando paradigmas”, relata Rita.

Rita já utilizava as redes sociais para interagir, incentivar as mulheres cadeirantes e resgatar seus valores.

E assim, foi descoberta pela organizadora do evento, Luciane Rufino, que fez o convite para que participasse do concurso.

“Sou militante em defesa aos direitos das Pessoas com Deficiência (PcD) e uso das redes sociais para motivar, resgatar autoestima, interagir, trocar experiências”, explica a participante.

História de vida Rita começou a usar cadeira de rodas em 2003, após descobrir que tinha Distrofia Muscular Progressiva e começar a perder o movimento do corpo.

“É uma doença genética que leva ao enfraquecimento de toda musculatura esquelética.

As pessoas que sofrem dessa patologia vão perdendo força, equilíbrio e todos os movimentos do corpo”, declara.

Segundo a goiana, que mora sozinha, aceitar a perda dos movimentos não foi algo fácil no início.

Ela diz que ainda tem dificuldades, mas atualmente enfrenta a situação com otimismo.

“Tentei me isolar, mas rapidamente vi que o certo era aceitar, pois a cadeira era meu meio de ir e vir com segurança.

Hoje, a amo e ela é uma parte de mim”, afirma.

Para as concorrentes e todas as mulheres cadeirantes, a aposentada deixa uma mensagem de motivação: “Você, mulher deficiente, se ame, se valorize, tenha amor próprio, mantenha sua autoestima elevada.

Não permita que diminuam você por ser deficiente.

Você é tão capaz quanto muitas outras".

Veja outras notícias da região em G1 Goiás.


Publicada por: RBSYS

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