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SP investiu mais em manutenção do sistema prisional do que em cultura, assistência, trabalho, esporte e indústria somados

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SP investiu mais em manutenção do sistema prisional do que em cultura, assistência, trabalho, esporte e indústria somados

Centro de pesquisa JUSTA analisou orçamentos de 2022 de 12 estados e elaborou ranking de gastos em segurança pública; em média, os estados gastam R$ 4.

389 com policiamento para cada R$ 1.

050 com sistema penitenciário e apenas R$ 1 em políticas para egressos do cárcere.

Presídios de SP utilizam armas antidrone Reprodução/YouTube/Governo de SP O estado de São Paulo investiu mais em manutenção do sistema carcerário do que a soma dos orçamentos das seguintes áreas em 2022: assistência social, cultura, trabalho, esporte e lazer, energia, indústria, comunicações e organização agrária.

O levantamento foi feito pela JUSTA, plataforma que atua no campo da economia política da justiça.

Foram R$ 4,6 bilhões destinados ao sistema penitenciário e R$ 4,2 bilhões para as oito áreas citadas: assistência social (R$ 1,6 bilhão), cultura (R$ 1,2 bilhão), trabalho (R$ 505 milhões), esporte e lazer (R$ 399 milhões), energia (R$ 202 milhões), indústria (R$ 112 milhões), comunicações (R$ 105 milhões) e organização agrária (R$ 102 milhões).

Além disso, São Paulo investiu R$ 14,7 bilhões nas polícias; Sendo R$ 9,8 bilhões para a Polícia Militar, R$ 4 bilhões para a Civil e R$ 748 milhões para a Técnico-Científica; E apenas R$ 9 milhões em políticas voltadas aos egressos do sistema prisional.

Proporcionalmente, para cada R$ 1.

687 investidos nas polícias, foram gastos R$ 527 com sistema penitenciário e apenas R$ 1 com políticas exclusivas para egressos.

Apesar do montante, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, tem afirmado que o estado tem menos policiais do que o necessário para combater a criminalidade.

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A pesquisa mostrou que, em média, as unidades federativas gastam R$ 4.

389 com policiamento para cada R$ 1.

050 com sistema penitenciário e apenas R$ 1 em políticas para egressos do cárcere.

"É necessário trazer racionalidade para a política criminal e inverter o funil de investimentos – deslocando recursos da porta de entrada para a porta de saída do sistema prisional", aponta Luciana Zaffalon, diretora do JUSTA.

Para ela, a atual destinação de recursos favorece o encarceramento em massa em detrimento de políticas para reinserção.

“Os estados gastam cada vez mais com o encarceramento, mas se preocupam muito pouco com políticas para as pessoas que cumprem pena e deixam a prisão.

Os recursos distribuídos para as polícias estão concentrados no policiamento ostensivo, deixando de lado o trabalho investigativo e a produção de provas", apontou a pesquisadora.

Gastos estaduais com segurança pública Entre os 12 estados analisados, os que mais gastaram proporcionalmente com as polícias foram Rio de Janeiro, Ceará e Pará.

Eles destinaram, respectivamente, 10,8%, 9,5% e 8,7% do total do orçamento para policiamento (tabela abaixo).

Apesar do investimento, o estado do Rio de Janeiro registrou alta de 17,3% no número de assassinatos nos primeiros seis meses de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, segundo o índice nacional de homicídios criado pelo g1.

Foram contabilizados 1.

790 assassinatos no 1º semestre de 2023, contra 1.

526 registrados entre janeiro e junho de 2022.

A alta é a segunda maior do país, atrás apenas do Amapá (65,1%).

As mortes equivalem a 10 por dia ou uma a cada 2 horas e meia.

Proporção dos gastos com as polícias, sistema penitenciário e política para egressos em relação ao total orçamentário dos estados Em números absolutos, os estados que mais gastaram com as polícias foram São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

O estado baiano aplicou 8% de todo seu orçamento nas polícias e na manutenção do sistema carcerário, mas foi a unidade federativa que mais registrou mortes violentas em 2022.

A mesma coisa aconteceu nos três anos anteriores.

Foram contabilizadas 5.

124 mortes violentas, levando em consideração feminicídios, homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.

Dados apontam uma média de 427 assassinatos por mês, o que representa uma fatia de 12,5% de todos os casos no Brasil.

Gastos em termos absolutos com polícias, sistema penitenciário e política para egressos


Publicada por: RBSYS

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